Respiro esta fumaça de novas idéias
com meus pés
meus dentes de desejos
minhas garras de sonhos
Quero transpassar as barreiras alvacentas
e velhas datas
enovelar-me entre espirais
de um novo amanhecer
buscando jazidas de esperanças
em jazigos libertos
uma cunha nos contra-fortes dos homens
já saudosos de velhos tempos
A dor reumática do poeta:
ferir ossos com palavras
revolver monturos mesquinhos de sangue
enrijecendo as juntas
vencer tormentas aquosas
no vazio da realidade
canto-angústia maior de sua mente.
De Memória da Noite, São José dos Campos, 1978.
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